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Conheça o papel dos condomínios no combate à dengue: adote medidas preventivas para evitar a proliferação do mosquito transmissor
Em 2024, o Distrito Federal enfrentou um aumento alarmante nos casos de dengue, registrando 440 mortes pela doença. Esse número representou um crescimento significativo em relação ao ano anterior, quando foram contabilizadas apenas 13 mortes. Além disso, o DF teve 284.354 casos prováveis de dengue, um aumento de quase 600% em comparação a 2023.
As regiões mais afetadas foram Ceilândia, Samambaia, Santa Maria e Taguatinga, com altos índices de infecção. A Secretaria de Saúde do DF destacou a importância de medidas preventivas, como eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, para conter a disseminação da doença.
A Assosindicos DF tem intensificado o alerta sobre a importância da prevenção dentro desses espaços coletivos. Contudo, os síndicos devem priorizar a manutenção geral e inspecionar áreas comuns em busca de focos de mosquitos.
"Os condomínios, com sua alta densidade populacional e estrutura física complexa, apresentam um desafio significativo no combate à dengue, demandando dos síndicos uma responsabilidade essencial na garantia da saúde e do bem-estar dos moradores. Áreas comuns, como jardins, piscinas, caixas d’água, e até mesmo apartamentos desocupados, podem facilmente se transformar em focos de reprodução do mosquito se não houver uma gestão atenta e proativa", afirma Emerson Tormann, presidente da Assosindicos. "Cabe aos síndicos atuar como protagonistas na prevenção, promovendo ações que protejam a comunidade condominial e assegurem um ambiente seguro e saudável para todos."
A responsabilidade de combater os focos de dengue dentro dos condomínios é compartilhada entre moradores, síndicos, administradoras e equipes de manutenção. “Ações simples, como a eliminação de recipientes que acumulam água, a limpeza regular de áreas comuns e o monitoramento de pontos de possível proliferação, são cruciais para evitar a disseminação do mosquito”, explica.
Realize inspeções para evitar água parada nas áreas comuns
Mantenha o escoamento de água desobstruído e sem depressões que permitam o acúmulo de água nas lajes, calhas e marquises, mantendo-os sempre limpos.
Outro ponto principal é realizar uma varredura no fosso do elevador. O local é um dos favoritos do mosquito Aedes Aegypti, por também acumular água. Além disso, o inseto, ao procriar, acessa os andares. Na prática, o fato de não voar grandes altitudes não impossibilita que ele chegue até locais mais altos. O mosquito consegue transitar pelo elevador e, assim, subir em todos os andares.
As garagens também são áreas propícias para a procriação do mosquito. Neste caso, recomenda-se inspecionar os ralos externos e canaletas de drenagens para água das chuvas.
Espaço de lazer
Caso o condomínio tenha uma piscina, é preciso redobrar a atenção. Além de realizar o tratamento adequado da água, guarde em um espaço fechado ou cubra os objetos que podem acumular água parada, como por exemplo, espreguiçadeiras, cadeiras e guarda-sol.
Os brinquedos do playground também devem ser constantemente monitorados para evitar que se transformem em potenciais criadouros. Sanitários que não são utilizados diariamente, como os de salão de festas ou da piscina, precisam ser vistoriados, assim como acionar a descarga semanalmente.
Dentro do apartamento
A eliminação de possíveis focos começa nas varandas dos imóveis, especialmente com a verificação de vasos de plantas. A orientação é que os pratos sejam furados ou preenchidos com areia. Comedouros de animais precisam estar constantemente limpos.
Fiscalização e multas
O Governo do Distrito Federal (GDF) intensificou a fiscalização contra o descarte irregular de lixo em condomínios e áreas públicas como medida de combate à dengue, aplicando multas que podem chegar a R$ 28 mil. A ação, conduzida por agentes da DF Legal e equipes do SLU, visa coibir o acúmulo de resíduos que, em períodos chuvosos, favorece a proliferação do Aedes aegypti. Por isso, a luta contra a dengue terá multa para quem descarta lixo de forma irregular.
Em 2023, foram emitidas 3.867 notificações e multas, com punições que variam de R$ 2.799 a R$ 27.799, dependendo da infração, como descarte de entulho ou lixo doméstico fora do horário estipulado. A iniciativa reforça a responsabilidade coletiva, incluindo dos condomínios, na prevenção da doença, destacando que a falta de conscientização compromete os esforços de limpeza e controle do mosquito.
Disseminação de informações
Para fortalecer a batalha contra a dengue, é recomendado que o síndico disponibilize aos moradores e funcionários material informativo de prevenção contra o mosquito da dengue nos elevadores e quadro de avisos, explicando as boas práticas que devem ser adotadas nas residências e áreas comuns do prédio.
Além disso, o recomendado é que os condomínios façam inspeções periódicas que devem ser realizada pela equipe de funcionários nas áreas comuns, eliminando os possíveis focos.
“Diante do crescente desafio representado pelos focos de dengue nos condomínios, a Assosindicos reforça a importância da união de esforços e da adoção de medidas proativas para garantir um ambiente seguro e saudável para todos os moradores. A prevenção é a melhor arma nessa batalha contra a dengue e cabe a cada um fazer a sua parte”, ressalta.
Com informações de Novo Momento | Edição: Redação Assosindicos