Perícia de acidente
Moradores de prédio que desabou terão que dividir custos de especialistas
Moradores terão que pagar parte do valor da perícia
O despacho do juiz Marcos Assef do Vale Depes, da 7ª Vara Cível de Vitória, publicado nesta segunda-feira (03), no Diário da Justiça determina que os honorários dos peritos intimados e nomeados pela justiça sejam rateados entre as seis partes envolvidas, o que inclui os moradores.
Os honorários foram baseados na tabela da categoria e orçados em R$ 535.500,00 e, conforme determinação do magistrado, vão gerar um custo de R$ 89.250,00 para o condomínio Grand Parc.
De acordo com o representante dos moradores do Grand Parc, José Christo, a determinação do juiz foi recebida com surpresa pelos moradores.
“O fato do condomínio estar sendo acionado para participar do rateio do valor dos honorários do perito judicial não era esperado por nós. Até porque nós nos consideramos vítimas nesse processo e não fizemos o acionamento judicial. Quem fez o acionamento judicial foi a empresa MCA estruturas. Nenhuma das outras partes acionou judicialmente essa questão no processo”.
O representante dos moradores afirma que os moradores estão fora de suas residências e estão sendo afetados por toda a consequência do desabamento parcial da área de lazer do condomínio.
“Os moradores estão morando de forma improvisada neste momento, estão na expectativa desse processo se acelerar para poder ter uma definição rápida da causa para poderem tentar voltar com suas vidas normais, agora surge esta questão. Nós estamos no momento estudando com a nossa assessoria jurídica qual a ação que vamos tomar em relação a essa questão”.
No próximo dia 19 o desabamento completará três meses. Por enquanto não há previsão de quando os moradores poderão voltar para os apartamentos. Segundo a Defesa Civil, os trabalhos de investigação e de perícia da Polícia Civil continuam. A expectativa é que o resultado dos laudos fique pronto somente no final do mês.
Para José Christo, é exatamente o fator tempo que tem tirado o sossego dos moradores que temem que a demora na retirada dos carros e das lajes que ainda estão no local, possa prejudicar a estrutura das torres e a conclusão do que realmente tenha provocado o desabamento.
“Tem lajes que estão penduradas, elas tombaram e estão tensionadas forçando alguns pilares das torres e isso nos preocupa muito porque as torres não têm essa função de receber, além de todo o peso que tem, esse esforço proveniente dessas lajes que precisam ser cortadas o mais breve possível”.
A empresa Incortel informou que, no momento, não tem nenhum fato novo a acrescentar. Já a empresa MCA Engenharia não respondeu à solicitação da reportagem.
Fonte: http://noticias.r7.com/
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