À meia-noite de sábado (15), relógios deverão ser adiantados para a uma da manhã. Medida do governo federal reduz o consumo de energia no período de pico diário, para evitar sobrecarga
O horário brasileiro de verão começa à 0 hora de domingo (16). Por isso, à meia-noite de sábado (15), o brasiliense terá de adiantar o relógio para a uma da manhã. A medida do governo federal reduz o consumo de energia no período de pico diário — das 18 às 21 horas —, para evitar sobrecarga.
A diminuição da demanda por energia ocorre porque, com a mudança, a população e as empresas encerram a maioria das atividades enquanto ainda há luz do dia, ou seja, antes do início do funcionamento da iluminação pública. Foto: Nilson Carvalho/Agência Brasília
A diminuição da demanda por energia ocorre porque, com a mudança, a população e as empresas encerram a maioria das atividades enquanto ainda há sol, ou seja, antes do início do funcionamento da iluminação pública.
No ciclo passado (2015-2016), a Companhia Energética de Brasília (CEB) registrou redução de 3% (cerca de 35 megawatts) na demanda máxima por energia no horário de ponta. Esse valor equivale a um alívio no carregamento do sistema correspondente à carga do Gama no mesmo intervalo de tempo.
Desta vez, o horário de verão vai durar até 19 de fevereiro, quando, à meia-noite, os ponteiros dos relógios deverão ser atrasados em uma hora.
Iluminação pública funciona com a presença de energia solar
Os postes em Brasília contêm fotocélulas que reconhecem a ausência de energia solar e fazem com que a lâmpada acenda ou apague automaticamente. Há cerca de 280 mil pontos de iluminação pública no DF.
Quem encontrar algum deles aceso durante o dia ou desligado à noite pode entrar em contato com a CEB pelo número 116. A exceção é quando o poste fica ligado no período diurno por estar em manutenção.
Horário de verão pode causar ansiedade, cansaço e irritabilidade
Com a mudança de horário, a depender do metabolismo, o corpo pode responder de diferentes formas. A coordenadora de Atenção Especializada à Saúde, da Secretaria de Saúde, Viviane Rezende, diz que é comum as pessoas manifestarem ansiedade, cansaço e irritabilidade.
“A adaptação depende do relógio biológico e do metabolismo de cada pessoa.” Segundo Viviane, o impacto é maior nas crianças. Ela compara a medida às mudanças provocadas por fusos horários. “Para cada uma hora alterada, é um dia para o corpo se adaptar”, exemplifica a coordenadora.
Ciclo de 2016-2017 durará 127 dias
De acordo com o Decreto Federal nº 6.558, de setembro de 2008, o horário de verão vai sempre do terceiro domingo de outubro ao terceiro domingo de fevereiro do ano seguinte — ou quarto, no caso de coincidir com o domingo de carnaval. A vigência é variável, mas, em média, tem sido de 120 dias. Neste ciclo de 2016 e de 2017, serão 127 dias.
No Brasil, a medida foi instituída em 1931 pelo presidente da República Getúlio Vargas. Na estreia e no verão seguinte, durou quase meio ano. Depois, a adoção foi retomada em períodos não consecutivos, de 1949 a 1953; de 1963 a 1966; e a partir de 1985.
De acordo com o Ministério de Minas e Energia, quanto mais próxima uma região está da linha do Equador, menos eficiente é o horário. Por isso, as Regiões Norte e Nordeste do País não são afetadas.
Além do Brasil, a mudança ocorre em países como: Argentina, Austrália, Bahamas, Canadá, Chile, Cuba, Egito, Estados Unidos, Guatemala, Haiti, Honduras, Irã, Iraque, Israel, Líbia, Marrocos, México, Nova Zelândia, Paraguai e Uruguai
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